Segue a bom ritmo o meu novo romance, sem título definitivo, provisoriamente chamo-lhe «O Livro De Nós» com uma história diferente de todas as outras (ou talvez não, na óptica tão citada, por estes tempos, de Lavoisier). Quarenta páginas em dois dias com um escrita mais escorreita e menos poética: mas a poesia está lá, como em todos os romances que se prezem, bem aconchegada e escondida. Bom para mostrar à João Lopo e sabe-se lá num próximo futuro menos nublado a quem mais!
PAS«Um diálogo interminável com a sua “joaninha”!»Desta vez sentei-me no cadeirão vermelho, ou grená, ou lá que raio de cor era aquela, que ladeava a cama. Puxei uma mesinha colocada ao seu lado e estiquei as pernas. E isto depois de, com três dedos em pinça, ter levantado com cuidado o livro caído em cima do morto, como se o não quisesse incomodar.«Desculpa, “old chap” – disse em surdina, surripiando-lhe o livro aberto - Mas já não precisas disto!»Antes de recomeçar, onde o tinha interrompido, ainda li uma outra nota das caídas, repousadas agora novamente dentro da pasta e guardada junto a mim. Havia ali novos indícios para a compreensão da história do morto.»
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