«José é um dos meus autores preferidos a par com Eça e
Cardoso Pires; não foi um «gosto» fácil, mas um encontro tardio e demorado. Um
daqueles «gostos» marcado por uma certa idade, onde à quantidade, que soçobra,
se persevera, sobrevivendo, a qualidade. Com a maturidade veio a certeza que o
trabalho dá frutos - e como José foi um trabalhador da escrita! - e a certeza
que a própria leitura deve ser saboreada analisando a contra luz as suas
propriedades físicas e estabelecida a química da sua identidade.
Pelos «90 anos do nascimento de José», eu José, filho e
neto de austeros Josés, já tinha guardadas cem páginas de homenagem a este
Josué da escrita, que avançam à medida da reprodução celular e de alguma
intenção epistolar.»
Sem comentários:
Enviar um comentário