Hoje até me arrepiei quando, na Feira, dei de caras com uns livrinhos de história que herdei da biblioteca dos meus pais.
Arrepiado, porque em conversa com a livreira ela me disse que já não existiam exemplares de todos os 20 volumes da série (uma coleção de grande qualidade e muito utilizada por estudantes de meados, fins, dos anos oitenta de todos os anos e graus de ensino pela sua qualidade)... mas que de alguns deles ainda existiam grande quantidade em stock.
«Dos anos 80?», perguntei-lhe eu, a que me respondeu: «Claro!»
E olhando para os outros stands disse-me: «Não faz uma pálida ideia das toneladas e toneladas que a maior parte destas chancelas ainda detém em armazém.»
Sabendo que os grandes grupos já nem se dão ao trabalho de os guardar pelos custo elevados de «stocks», sendo guilhotinados sem dó nem piedade, como os episódios de Luís XVI e Maria Antonieta - a que algum volume daquela série nos transporta - saí dali, pesaroso, a pensar o mistério de ainda se editarem tantas dezenas de milhar de livros e o destino que os esperava.
«Não será altura de um corte epistemológico com tudo isto?»
E comecei a ver no ar, como castelos de cartas a elevarem-se, stands de autor utilizados em conjunto e cada um responsável pelas suas tiragens e utilizações. A ver brevemente!
Sem comentários:
Enviar um comentário