E hoje, porque nem todos os dias são dias próprios originais, um poema de Olívia Santos:
Aniversário de ausência: ouvir aqui na voz fabulosa de Luís Santos.
13.06.2013
Sei que voltas, porque voltas sempre.Paredes meias com a noite e o sonho
repetem-se os teus passos lentos
anula-se a distância, a linha etérea
que separa a minha loucura
da minha lucidez.
Mas hoje, especialmente hoje,
não te esqueças, de voltar…
Acenderei as velas, como dantes,
vai soltar-se o fumo e através dele
inventaremos personagens e mistérios.
Como dantes, como sempre.
Depois irás… como agora, neste sempre.
Cai uma chuva miudinha dos meus olhos
o relógio enleia-se no tempo,
partem-se os copos de cristal vazios
revolta-se a alma,
em estilhaços de dor e de saudade.
(Olívia Santos; Poema em “Nos teus olhos a janela do tempo”, edição Lua de Marfim)
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