Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Menina Dos 800$000 Réis

Que crime, que vilania, que incrível estrebuchar de dentes. Estava eu a ler o Ortigão e os seus conselhos a um jovem poeta «poça, lá porque passei temporalmente dos 40, não deixo de ser jovem…ou não?» que dizia que «Em Portugal há honestos empregados públicos, probos negociantes, pacíficos chefes de família, discretos bebedores de chá com leite e do palhete Colares destemperado com água do Arsenal, que seguiram o género de Baudelaire …» quando senão, «Como porém Baudelaire era corrupto e eles não são corruptos, como Baudelaire era um dândi e eles não são dândis, como Baudelaire viveu no boulevard dos italianos e eles vivem na rua dos Bacalhoeiros…», e mesmo, quando senão, a página se virou e lá fui parar à massa de matar ratos: «Ó Lemos! Ó afamado livreiro! Como tu és especial… O teu estabelecimento comercial não é simplesmente uma loja; é um método, é um sistema…»
Ah, ok! Isto compreendemos nós! O sistema!
Mas continua o amigo Ramalho: «Mas não! agora reparamos que possuis também a massa de matar ratos!»
OK! Agora já nos situamos. E termina o compincha Ramalho: «Logo que a pátria te pague esse tributo de gratidão e respeito, avisa, que queremos ir aí pelo primeiro paquete, antes de tudo para te adorar, e em seguida para travarmos relações com o “lindo romance” Teresinha ou a menina dos 800$000 réis.»

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