A poesia e prosa de Eugénio de Andrade é um regalo para a mente porque
transporta a inocência dos verdadeiros deveres do Homem. A apreensão de
que poucas coisas há de verdadeiramente necessárias; o desprezo pelo
luxo que nas suas múltiplas formas é quase sempre uma degradação.
Dizia Eugénio de Andrade da chamada poesia difícil que essa é a opinião
de leitor apressado ou preguiçoso ou, simplesmente, sem a preparação
mínima que toda a criação exigente requer. Citando o seu Rosto Precário:
"todos os meus versos são um apaixonado desejo de ver claro mesmo nos
labirintos da própria noite."
Ambiguidade e zonas de sombra fazem parte da escrita, até do romance do princípio, meio e fim. Afinal, mais do que romancear a vida é preciso dar-lhe consistência; e, como diria Jano, das palavras, elas são bifrontes: nelas se caminha na noite, nelas se caminha no dia. Elas são o mais veemente testemunho de fidelidade do homem ao homem.
Não nos peçam, pois, palavras fáceis.
Ambiguidade e zonas de sombra fazem parte da escrita, até do romance do princípio, meio e fim. Afinal, mais do que romancear a vida é preciso dar-lhe consistência; e, como diria Jano, das palavras, elas são bifrontes: nelas se caminha na noite, nelas se caminha no dia. Elas são o mais veemente testemunho de fidelidade do homem ao homem.
Não nos peçam, pois, palavras fáceis.
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