Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

ROMANCE PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO

Naquela espuma dos dias que nos atrai para os rótulos apostos, que desmerecem podermos nos afirmar como gente cauta, nunca encontrara em Miguel Real uma intersecção com a sua "potente" escrita e, pensava eu, sonorífera escrita.
Diria até, de Miguel Real, que a sua escrita me causara a mesma ardência que aquela causada por uma potente, deliciosa, tarte de lima.
Mas eis que tudo se reverte. 

Diz Real, no seu livro o Romance Português Contemporâneo, que nos faz lembrar um exercício de um autor estrangeiro consagrado dedicado a cânones que o romance, como o livro em geral, democratizou-se; deixou de se estatuir como um objecto intelectual, tornou-se um objecto de consumo como qualquer outro.
É verdade, amigo!
A alma humana e a evolução do mundo são consumidas em doses reduzidas, que os corpos e mentes se dividem explosivamente e pedem arrego.

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