O amor magistral sem defeito,
Há um cansaço que pode reportar,
Resmonear, como ondas do mar em crescendo:
Se as vagas do mar não sustentam
Que nem todas as suas vagas nos servem;
Que o peso da sua (alterosa) contrariedade,
Se instala nos nossos porões,
Demasiadas, incómodas, vezes sem conta.
Que nem toda a liberdade do mar consciente,
Sagaz, que o mar se quer move inteligente,
Não provocador, teimoso ou agreste,
Em todos nós que procuramos a paz,
O amor magistral sem defeito,
É propícia a todo, ou, a qualquer marinheiro.
Se tu amas para além de ti, ò mar,
Para além do teu (natural) orgulho próprio,
Tens de cuidar, olhar, o navegador,
Não lhe provocando temor ou receio,
Elevando-te, com o que assim te chamarás mar,
Como fosses em ti mesmo, perfeito.
Tens de o balançar um pouco na (tua) imensidade,
Sem o fazer voltear, desequilibrar, enojar, enjoar,
Muito menos naufragar nos escolhos
Da tua impulsiva ansiedade, aspiração, impaciência,
Dessa simbiose só interessante a vós mesmos,
De combinação em comum, vida idílica,
Partilhadamente perfeita,
Docemente navegada por entre os escolhos de ti,
Ó doce e confiante mar,
Trazendo O Marinheiro a bom porto!
(© Pedro A. Sande; 07/10/2016)
O equilíbiro tem dois pontos de apoio por base.
ResponderEliminarSabemo-lo.