Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

DESTE MAR SE FAZ AMAR

Em todos nós que procuramos a paz,
O amor magistral sem defeito,
Há um cansaço que pode reportar,
Resmonear, como ondas do mar em crescendo:


Se as vagas do mar não sustentam
Que nem todas as suas vagas nos servem;
Que o peso da sua (alterosa) contrariedade,
Se instala nos nossos porões,
Demasiadas, incómodas, vezes sem conta.

Que nem toda a liberdade do mar consciente,
Sagaz, que o mar se quer move inteligente,
Não provocador, teimoso ou agreste,
Em todos nós que procuramos a paz,
O amor magistral sem defeito,
É propícia a todo, ou, a qualquer marinheiro.

Se tu amas para além de ti, ò mar,
Para além do teu (natural) orgulho próprio,
Tens de cuidar, olhar, o navegador,
Não lhe provocando temor ou receio,
Elevando-te, com o que assim te chamarás mar,
Como fosses em ti mesmo, perfeito.

Tens de o balançar um pouco na (tua) imensidade,
Sem o fazer voltear, desequilibrar, enojar, enjoar,
Muito menos naufragar nos escolhos
Da tua impulsiva ansiedade, aspiração, impaciência,
Dessa simbiose só interessante a vós mesmos,
De combinação em comum, vida idílica, 
Partilhadamente perfeita,

Docemente navegada por entre os escolhos de ti, 
Ó doce e confiante mar,
Trazendo O Marinheiro a bom porto! 

(© Pedro A. Sande; 07/10/2016)

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