Quisesse ser eu e tu
Em simultâneo
Beberia do teu orgulho
E da tua altivez
Que te fez mulher
E líder
Ao mesmo tempo.
Quisesse ser eu e tu
Ao mesmo tempo
E entranhar-me-ia
Como um cílio,
Longo, vigoroso,
Ardente,
Procurando o melhor caminho
Para te desbravar
E possuir por dentro,
Arrastando-me
Pelas tuas covas escuras
Onde guardas os segredos
Escondidos,
Percorrendo-te,
Partilhando-te,
Com o andar
Ondulante
Da serpente
Que não procura
Misturar-se na corrente
Mas fundir-se
E extrair toda a peçonha
Que nos é lançada
Como feitiço,
Neste nosso pobre
Dia - a – dia
Onde adjetivos
Peçonhentos
Como misteriosa,
Gostosa,
Linda,
São como armadilhas
E cavalos de Tróia,
Ambição, orgulho
E preconceito,
De onde sairão serpentes,
Venenosas,
Que te querem só possuir
Como troféu,
Defenestrar,
É a palavra,
Bebendo da tua
Altivez e orgulho.
Possa eu viver
Em ti eternamente
Na comunhão dos sentidos
Que nos libertam destes pecados
Como aquela raiz de Evrá
A partilhar-te
Como um verdadeiro amigo,
O princípio de todas as coisas,
As minhas cores, as minhas dores,
Os meus pensamentos,
Eternamente.
©PAS
http://anarquistadepapel.blogspot.com (pela palavra seremos mais humanos) Este blogue serve como extensão da secretária do autor, assim uma espécie de oficina de escrita.
Portal da Literatura
Citações:
Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
Sem comentários:
Enviar um comentário