Em todos os tempos há cantos
de cisnes negros que nos atraem, bailados que nos animam e entristecem, ilusões últimas de um mundo colorido em que queremos acreditar.
Mas há sempre um pequeno cisco, uma pequena areia na engrenagem que nos faz arrecuar em pontas e abrindo o peito e as asas como os cisnes recomeçar um novo passo de dança, uma nova caminhada para um lago mais transparente e enxuto, na ilusão de algum dia chegarmos a lugar quente onde nos espere confortável ninho.
Bem razão tinha aquele pássaro que do fundo de umas grossas lentes de garrafa, adivinhava que não somos mais do que
cadáveres adiados que procrastinam como cisnes
a libertação da sua própria solidão interior.
O bailado do meu cisne emplumado é mais de um bando de cisnes brancos que alumiam com o seu grasnar cotejando as cores dos cisnes.
©PAS O bailado do meu cisne emplumado é mais de um bando de cisnes brancos que alumiam com o seu grasnar cotejando as cores dos cisnes.
Sem comentários:
Enviar um comentário