Se olharem bem para o cantinho superior direito verão lá o «nosso» valor facial: vales 100 ó Evaristo, dizia ao tempo (e que tempo, perguntarão vós? um qualquer, o que quiserem!) cada "farpa" do nosso Ramalho.
Mas o fenomenal, no meio de tantos fenómenos, é o vertido a páginas 168 deste cem mil réis:
«Desde que o dinheiro de um português lhe aparece palpavelmente representado em máquinas, em caldeiras de vapor, em teares, em charruas, em fornos, em alambiques, em forjas, em movimento de braços, em agitação, em ruído, em obra, o português perturba-se, sente a sensação da tomenta, e sobrevêm-lhe os terrores de naufrágio. Quando, pelo contrário, o seu dinheiro se lhe mostra garantido por uma folha de papel engordurado do suor das dedadas e da tinta dos carimbos oficiais ... o capitalista português então sossega, tranquiliza-se, lê jubiloso ao almoço a cotação dos fundos, deixa crescer na paz absoluta da inanidade a sua barriga ... e faz-se um sustentáculo precioso das instituições em que medra e de que faz parte» (As Farpas, Porque não há indústria, Livro X, pág.168)
Ó Evaristo, tu alguma vez tiveste outra coisa que não isto?
Ele há coisas que nunca mudam, não há?
Ele há coisas que nunca mudam, não há?
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