Há mais marés
Do que marinheiros
Disse-me um dia
Uma marinheira
Que se colocava
(Bela)
À proa.
Eu que ia na ré
Fugindo às ondas do mar
Aquietei-me e esperei
A mudança de turno.
Nada se deu
E uma vaga mais alterosa
Levou a proa.
(Comeu-a o mar).
Desde esse dia,
Longínquo,
Ainda percorro
Diariamente
Com uma pequena barca
Esse lençol de água
À procura de uma bela sereia
Levada pela maré.
Um dia
Divisei ao longe
Uma enorme onda
Com a forma de sereia,
E, ansioso por
Essa bela marinheira
Perguntei-lhe:
Quem és, bela sereia?
Respondeu-me:
Não sou a tua amada
Que se aprazia,
Tão só,
Em colocar à ré
Na amurada
Esperando a onda:
Eu sou a onda,
E a liberdade!
©PAS
http://anarquistadepapel.blogspot.com (pela palavra seremos mais humanos) Este blogue serve como extensão da secretária do autor, assim uma espécie de oficina de escrita.
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Citações:
Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
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