Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Carta A Joaquim Com Severino Pelo Meio

Caro Joaquim
Como sempre o que nos apresenta é um excelente relatório das suas e nossas contas. Face a esse relatório que me alegrou o dia, puxei então do meu dicionário de acrónimos corporativos e tentei classifica-lo virtualmente: o que, diga-se em boa verdade, não se apresentou como tarefa nada fácil. Tentei fazer o “match” (perdão Severino, para esta minha tendência libertária, anarquista e universalista do mundo), o encontro, entre a qualidade da sua escrita e um CAO, um “Chief Accounting Officer”, ou Diretor de Contabilidade para o Severino, o que não me pareceu nada bem: já que a escrita do Joaquim é quantitativa, sem descurar uma enorme qualidade analítica e descritiva.
CAO, “Chief Analytics Officer” ou Diretor de Análise, estaria com certeza muito mais próximo das partidas dobradas, do deve e haver de um aritmético militante (um tipo assim ao estilo daquilo que hoje chamamos de “O Gaspacho”).
Estava neste pé, neste lugar de liberdade, de satisfação, de puro gozo (no sentido de usucapião literário) e distensão, muito longe de querer criar desperdício e dissensão, cada vez mais indeciso, quando logo abaixo dei de caras com a vaga em aberto de CBO, ou “Chief Brand Officer”, Diretor de Qualidade, cargo que caia, também, que nem uma luva no amigo - chefe Joaquim. «Perfeito, pensei!» Mas como não há bela sem senão e muito menos escrita sem um «se», mais um «não!», a linha abaixo estragou-me o dia: CCO, “Chief Communication Officer”: «Diretor de comunicação», pensei, «inclusivo, mais do que perfeito!»
Face à continuação dos acrónimos e porque não poderia estragar o resto do dia aos nossos extraordinários, CKO, “Chief Knowledge Officer”, ou Diretor do Conhecimento, e todos os acrónimos imediatos não viram a luz do dia. «”Delete” com eles», pensei e executei. Sobrou-me apenas o CPO, o Diretor de compras, pela qualidade de negociação demonstrada pelo extraordinário amigo Joaquim Jordão. Ou seria apenas este, não me tivesse eu apercebido que um acrónimo restante, o correspondente ao cargo CVO de “Chief Visionary Officer”, ou Diretor Visionário (de visão literária) se adequaria a JJ (Joaquim Jordão em extenso, para que não se zanguem comigo os detratores dos acrónimos). O problema, é que consta nesse sítio que esse cargo deixou de ser oferecido após a morte de Steve Jobs, assim uma espécie de camisola vitalícia para um daqueles artistas (esses sim, providos de grande cagança), da bola.
Caro Severino, não podia estar mais de acordo consigo com o uso intensivo daquilo que é nosso, apesar da globalização, da mundialização, dos globalismos, dos glocalismos e até do Euro, esse épsilon malvado que nos obriga a termos de ser até CPO’s do nosso destino. Mas que caminhamos para um (a) “Chief World Officer”, CWO… aí caminhamos, caminhamos: e até pode ser uma Chefinha de saias. Um abraço e uma «saparia» feliz para o Joaquim.    

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