Caro António
Mesmo que bajulasse lembrava-lhe que os tempos estão por
aqui materialmente «pindéricos», para não falar da ética soberana republicana;
(estava aqui a ler que, o búlgaro demitiu-se com o argumento
seminal e plural de: «O primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borissov, anunciou
esta quarta-feira no Parlamento a demissão do seu Governo, na sequência de dez
dias de manifestações no país contra os preços da eletricidade considerados
elevados. «Temos dignidade e honra (e electricidade cara, ao contrário
de nós!, e já agora povo, com consciência soberana, acrescentaria eu!) Foi o
povo que nos confiou o poder e hoje devolvemo-lo», declarou Borissov»
e que, brevemente, quase tão brevemente quanto este e-mail o
for encontrar a dar boleia a «uma bela tanacetum vulgare», precisaremos do retorno
– de preferência, carregados! - dos contentores (não lhe peço que encaixote a
«bela professora» porque a mãe N’Gola, humilde e com vontade de criar os seus
filhos «a peito», precisa tanto dela, como nós já quase de pão: já não para a
boca, mas para ressarcir, daquilo que poucos viram, o avaro e sovina credor).
Como «hoje» é dia de economia política deixo-vos este
artigo delicioso – só rir? se não fosse trágico - da nossa amiga historiadora
e escritora, Cristina Torrão, sobre as «novas minas de escravos» na Alemanha Merkeliana
e de como o termo catinga se pode confundir na sua significância.
Habitualmente nada
dado a invejas, mas isto é como o António diz, as invejas têm momentos como as
obras, está aqui a dar-me um ratinho de inveja desse povo com que coabita actualmente:
pela grandeza do cenário, pela alegria na simplicidade, pelo cheiro a África que
ainda retenho (me desculpem o atrevimento, os nossos irmãos e a minha paixão africana,
mas aqui não estou a falar do catinga-de-mulata, a planta tanacetum vulgare,
nem da sua forma galega, nem mesmo daquele significado que mete glândulas, mas
de uma mistura de cheiro a terra e savana queimada.
Um abraço das colinas Alfacinhas, António!
«Não é que está ali numa de uma das sete colinas - nas outras também lá estarão, com certeza - uma bela professora, também ela me falando da dificuldade de ensinar, mas por desempregada, também era professora, a pedir-me boleia e a lamentar-se da catinga desta administracao (assim, mesmo!) na sua forma e significado galega (avareza!)
«Não é que está ali numa de uma das sete colinas - nas outras também lá estarão, com certeza - uma bela professora, também ela me falando da dificuldade de ensinar, mas por desempregada, também era professora, a pedir-me boleia e a lamentar-se da catinga desta administracao (assim, mesmo!) na sua forma e significado galega (avareza!)
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