Raquel Maia gorgoleja Albanta como quem gorgoleja a garagem do pinguim. Nela descobre, fantasmas, adjectivos, metáforas, espirais de inquietação. A Luís Caminha consagra-o como um dos grandes de língua portuguesa. Eu também. Nobless figura: o primeiro erro, a primeira omissão. A Caminho assumirá o erro? Está fechado o círculo; que urge desfazer para libertar este pinguim da sua garagem; para lhe dar estatuto, motivo, caminho para se continuar a afirmar, com cadência, com ritmo, com a espiral de inquietação que nos tomou o gosto. O uivo do bruto destapou a lua; a esfera perfeita recolheu-o, à sua sombra: ao marfim recolheu-o o fim do dia. Albanta é a alameda dos cipestres. Nada repousa em paz, enquanto o julgado de paz não for reposto. O sono dos justos exige recompensa e desforço. Libertem-me este pinguim da garagem!
http://anarquistadepapel.blogspot.com (pela palavra seremos mais humanos) Este blogue serve como extensão da secretária do autor, assim uma espécie de oficina de escrita.
Portal da Literatura
Citações:
Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário