Que relação há entre um cemitério de pianos, famílias comuns, Francisco Lázaro, amores, frustrações, violência familiar e um nó cego simultâneamente poético e intrincado?
Isso mesmo, o cemitério de pianos do José Luís Peixoto.
Cada vez mais, quando leio um livro de ficção, me cinjo menos ao conteúdo, cada vez mais aos pequenos pormenores e ao modo como se opera a construção do enredo: como se fosse uma espécie de espião de mim mesmo.
Em cada passo revejo o modus - operandi da operacionalização da estrutura e a dor do prazer. Mais do que de parto, destes objectos que sinto fazerem parte de nós próprios.
Este cemitério, não é um cemitério; é vida complexa em movimento, cemitério de nós próprios como objectos recuperados!
Ainda há esperança nas nossas vidas comuns!
Ainda há esperança nas nossas vidas comuns!
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