Conheço o Nuno Camarneiro daqui: de uma escrita poética, que faz dos poetas escritores e de outras coincidências. Gente que pensa, reflecte, que se alimenta de uma melodia que nos vem do peito. A forma é dos pássaros. E no mundo dos pássaros não há coincidências, apenas o barulho ritmado das asas a quebrar paredes de vento.
No seu peito «não cabem pássaros», mas quando o escutamos ao perto ouvimos piares como se estivesse coberto de ninhos.
O tempo hoje tem a idade dos que piam poesia! Jovens poetas que prosam! Vivemos no tempo do eu, dirão! Muito bem, portanto. Aqui em portugal mandam os que daqui são! Mesmo que no nosso peito não se alberguem pássaros, mas há sempre o acordar um dia! e «tantos sonhos que não são dias» (Nuno Camarneiro; Calendária; 2012) e tantos países que um dia terão de se fazer forma! Portugal será nosso? ou esse sonho já é uma ilusão onde não cabe o sussurro das asas de «todo los» pássaros?
Sem comentários:
Enviar um comentário