Nas cartas a um jovem poeta já Rainer
Maria Rilke afirmava: «é evidente que se deve sempre preferir o difícil: tudo o
que vive lá cabe». Já Cormac McCarthy replicava que: «as pessoas só crescem ao
ritmo a que são obrigadas». Mas, porque as citações são infinitas, como as
sensações que vivemos todos os dias, quantos pobres são precisos para fazer um
rico? e, se para escrever «um livro é preciso
ler mil livros», quanto escritor é preciso para se fazer um escritor?
Nesta espuma dos dias cujas vagas
são imprecisas, quantas vezes fúteis, faz sentido «Os livros da vida de um escritor serem,
acima de tudo, os que escreveu».
Mas, se assim é, porque se teima e calcula uma literatura
da nossa fase infanto - juvenil quando, como diria Rilke, «a nossa alma é apenas
ainda esboço, inquietação, desordem».
Será que as nossas sociedades vivem na
imaturidade e superficialidade dos dias? ... que é, segundo Rilke, a idade em que a felicidade vive a confusão de
materiais desperdiçados!
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