A soma de pequenos sinais são, quase sempre, artífices menores de grandes sinais: seja nas relações, quando pequenos indícios acumulados, já não passíveis de serem tidos como pequenas coincidências, mostram que algo não vai bem entre os relacionados, seja em qualquer outra actividade em que o humano intervenha como ser animal.
O balançar da cortina que torna uma janela opaca ao exterior é ela em si, também, um sinal de uma ligeira brisa que tomou conta do dia, como o seu movimento indiciasse a aproximação de uma tempestade, que é sempre imperfeita para alguém, ou para alguma coisa.
O silêncio que toma os dias, é também fruto de dias corrompidos pela maior beleza do homem: a sua capacidade de se dar um pouco para fora do seu próprio corpo, onde os seus interesses mesquinhos animais foram tomados pela graciosidade e gentileza do verdadeiro amor. Verdadeiro, porque ele também há o outro, doentio, que decepa corações e acaba invariavelmente em tragédia.
Mas como pode ser chato, e dúplice, pensar o amor, em vez de conjugá-lo por impulso, como a atracção do vento no seu caminho ao balançar a cortina?
Sem comentários:
Enviar um comentário