Há posts que são verdadeiramente magníficos na sua função de estimular mentes desocupadas, porque são portas abertas para todo o tipo de reflexões malabarísticas, mesmo as reflexões que me assaltam desgovernadas e que deposito no meu ficheiro cerebral pessoal dos meus delírios e parvoíces.
Lembrei-me, pois como o Pacheco (o do ponto contra o outro ponto!) também sou muito assoberbado de tempestades cerebrais embora com a diferença do que o que eu não vejo, ouço ou sei, comento à mesma! (mal seria que me coartassem a liberdade da palavra por tão pouco), de como seria interessante os editores possibilitarem a venda de títulos e conteúdos à parte. Seria uma ideia de negócio que não ficaria atrás daquela, argentina, de venderem livros auto - destrutivos, fruto talvez de uma geração educada na «missão impossível», ou de excesso de tangos.
- Vem devolver o livro? - perguntaria o funcionário solícito.
- Não, não! Venho devolver apenas o conteúdo - responderia o leitor compulsivo. - O título quero-o guardar, porque agradou-me. Venho só devolver o conteúdo! - repetiria, perante o olhar prazeroso e cúmplice do funcionário, agradado por tão avisada escolha. - Qual o desconto do conteúdo?
- Caro amigo!... - responderia o satisfeito funcionário, que nem sempre se sentia em sintonia com o cliente - Paga quase nada! Quase noventa por cento de desconto! - garantiu, entusiasmado, enquanto entregava o título ao comprador e guardava para a casa o conteúdo, com a capa como brinde.
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