Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sábado, 21 de julho de 2012

A Curiosa Biblioteca do Joaquim

Caro Joaquim
A sua biblioteca é deveras intrigante e mais do que ser doada exige uma investigação Sherlokiana “à séria”.
Indícios estimulantes e respostas ao mistério são assim um contributo de todas as bibliotecas curiosas: a minha não é excepção e induzindo-me a pontapé ao meu serviço cívico não me perdoava não o cumprir.
Assim caro Joaquim é sabido que o Gonçalo foi exportado com os seus dois cursos, o que o coloca como desqualificado perante a grande biblioteca metropolitana: menos de três já é insuficiente; siga o exemplo da minha biblioteca que vai para o terceiro, tal o receio de… ser exportada. Assim, estes indícios induzem as seguintes perguntas:

N.º1, porque foi o Gonçalo exportado e não os seus livros? Terão ficado como fiéis depositários da inteligência nacional ou serão uma nova forma de garantias reais? Terá A Grande Biblioteca nacional penhorado mais um dos seus irmãos? A penhora está muito na moda, caro Joaquim!

N.º2, porque já nem as gatas se chegam a nós? Fossemos ligeiramente mais novos, às vezes penso por uma questão de dias, e não deitavam as unhas de fora nem se assanhavam!

N.º3, porque as empregadas (funcionárias colaboradoras, caro Joaquim?!), sendo funcionais na sua área totalista, são tão desorganizadas no que diz respeito às bibliotecas? Mal empregadas, caro Joaquim? Ou a resposta encontra-se lacrada num acordo secreto conspirativo?

N.º4. Repare bem no enunciado que leva a esta pergunta: «as gatas regressaram aos meus mimos…» e não o contrário: o que é feito dos mimos das gatas aos seus donos, caro Joaquim? Voltou o sol a girar à volta da terra, caro Joaquim? Estamos bem arranjados, Joaquim!

N.º5; «não sabe a quantas anda!» Pudera, Joaquim, se calhar já não anda a qualquer velocidade: arrasta-se, como aqueles ponteiros cuja bateria foi-se esgotando e dão um impulso para a frente e dois para trás; ou está parado de vez, o que justifica a falta de mimo das gatas.

Daí, caro Joaquim, talvez tenhamos encontrado a explicação para a sua curiosa biblioteca, embora isto possa não passar de meras conjecturas e suposições que eu tenho uma procuração de Sherlock, mas ainda não estou encartado.

Solenemente lhe digo, caro Joaquim, que a biblioteca é só o pretexto para a sua estimulante demanda e daí que talvez tenhamos encontrado a explicação para a sua curiosa biblioteca: cigarros e gatas nunca foram uma boa combinação, caro Joaquim! Tente lá largar o vício, homem! Não largue é a pena, mesmo que ela seja viciante!

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