Escrever o mais simples possível. Ordenar duas palavras como se estivesse numa ordenha manual, com a simplicidade de quem evita mecanismos complicados.
À primeira puxada vem de lá um R aleitado e espesso; à segunda, entre o sol que se levanta no horizonte que inunda a vacaria, e a impaciência da ordenhada, escorre em esguicho perfeito um O mais aguado; à terceira, é um M bem desenhado que sai revolto, e livre, da teta da vaca; à quarta, como se estivesse a subir e a descer uma montanha, um A entornado entrega-se confiante à gravidade; à quinta, entre o mugido prazeroso da vaca e o cheiro a estrume, sai de lá um N de «Nada será como dantes» de um sim que se escreve com «ene»; à sexta, já o balde quase entornado do alimento de bezerros, sai um arredondado e gracioso C; à sétima, e última, um novo mugido de agradecimento em E perpassa pelas paredes da vacaria, como se tivesse acabado de escrever um (r)(o)(m)(a)(n)(c)(e) simples, e bonito, com poucas mas nutritivas palavras.
À primeira puxada vem de lá um R aleitado e espesso; à segunda, entre o sol que se levanta no horizonte que inunda a vacaria, e a impaciência da ordenhada, escorre em esguicho perfeito um O mais aguado; à terceira, é um M bem desenhado que sai revolto, e livre, da teta da vaca; à quarta, como se estivesse a subir e a descer uma montanha, um A entornado entrega-se confiante à gravidade; à quinta, entre o mugido prazeroso da vaca e o cheiro a estrume, sai de lá um N de «Nada será como dantes» de um sim que se escreve com «ene»; à sexta, já o balde quase entornado do alimento de bezerros, sai um arredondado e gracioso C; à sétima, e última, um novo mugido de agradecimento em E perpassa pelas paredes da vacaria, como se tivesse acabado de escrever um (r)(o)(m)(a)(n)(c)(e) simples, e bonito, com poucas mas nutritivas palavras.
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