Do meu próximo livro, «Sob Uma Chuva de Projécteis», em fase terminal:
«- Alferes,
volte para a sua unidade – ordenou de rajada o capitão no meio de um barulho
ensurdecedor, como o daquelas rajadas de metralhadora sincronizadas que passam
no meio das pás das hélices das aeronaves – E olho atento, que isto não indicia
nada de bom. Se ao menos os tommies
nos dissessem alguma coisa…
Quando o
Alferes se dirigiu curvado, por entre a galeria da trincheira para a front line, ainda ouviu um grito de
maqueiros no sentido do que lhe pareceu a zona por onde tinha desaparecido a
equipa de transmissões.
Uns
quilómetros atrás da linhas, onde isto se passava, num abrigo metálico com
chapa de ferro ondulada em forma de arco, a que os soldados portugueses
chamavam, elefante, a equipa de artilharia
posicionava a peça para disparo.
-
Dispare essas peças, tenente. Ritmo intenso, até nova ordem, sem pensar em
poupar projécteis. Estão-lhes a dar forte e feio nas linhas da frente.»
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