Olhar para as tuas palavras
Fazem – me vir palavras
Como se o prazer encontrasse um lugar
Para se libertar;
Como se as tuas palavras despertassem um riacho,
Fluído, uma torrente magmática
Que queima a dor
E faz estremecer um vulcão de lava,
Que de lava só a pureza
Da emoção que liberta.
Olhar para as tuas palavras
É dares as mãos às minhas
Como se as minhas te percorressem
Com emoção
Curando-me as lágrimas.
Não te desculpes
Com a velhice das palavras
Nem com as dores
Que vos vão da cabeça
Ao ventre;
A vermelhidão
Que encontraste
Não foi mais que o rubor
Que me roubaste
Por te sentir ao perto.
Se olhares por cima
Do meu ombro
Encontras uma vaga,
Onde poderás repousar
O teu queixo, e não,
Não digas que não voltas,
Porque já voltaste
Só que de uma outra forma,
Mesmo que tenhas apagado
Da areia, os búzios,
Que chamaste à praia,
Onde sopramos palavras
Renovadas e jovens.
As palavras velhas
São as mais doces
Porque vêm enriquecidas
De vulcões improváveis
Que se levantam ao céu.
Acarinhemos pois estas palavras
Mesmo que sejam velhas
Cubramo-las de uma substância adocicada
Como se lhe pespegássemos
Um açúcar em pó, fino,
Da fineza das palavras
Que atraem
Como o amor que se liberta
De um só beijo,
Que estende um sulco
De que não vemos
Fim e caminho.
(05 Set. 2012)
http://anarquistadepapel.blogspot.com (pela palavra seremos mais humanos) Este blogue serve como extensão da secretária do autor, assim uma espécie de oficina de escrita.
Portal da Literatura
Citações:
Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário