Qualquer ficcionista ou poeta, que não sou avaro na distinção, sabe que
«A minha poesia vem quando quer, e não quando eu quero» (Maria R. Pedreira).
Maria do Rosário Pedreira sabe-o melhor que ninguém e conhecendo a sua função terapêutica assume uma atitude onde o romântico funciona como lenitivo.
A poesia para mim sempre foi viver o mundo olhando-o do lado de fora e encontrar pedaços de mim nas pregas mais invisíveis.
Olhaste-me com essa mãozinha estendida
Como se quisesses segurar na música.
Vibravas com as palavras
Que não percebias
E balbuciavas:
Dá-me um abraço!
Olhaste-me com essa mãozinha estendida
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