Para ele, Maria é apenas uma velha que não conta no balanceamento da sua ambição, na sua indigência intelectual e na sua vaidade.
Ele, que sempre modelou o rosto à imagem de um coração esvaziado, não tem pelos livros senão um respeito minguado, uma ida pobrezinha a uma feira pontal à espera de aplausos, própria de uma garotice que lhe adveio do caminho trilhado.
Na modelação da sua nobreza, Maria, que conhece da sua extensa obra o significado exacto da palavra dignidade, remata a sua obra solidária com uma maior: não conspurca a sua obra com a subserviência própria de quem não modelou a vida com carácter, nem se vende aos que desprezam os seus irmãos de outros caminhos, mas da mesma jornada.
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