O texto de Michael Marshall que induziu «o postal» da Maria do Rosário escora no facto indesmentível de que, «Nenhum homem é uma ilha!»
O editor será por conseguinte um «bem» necessário, a tal primeira fila de espectadores calejados, por amor ou profissão, mesmo que o editor se possa dissociar no futuro das editoras «três em um».
Já a publicação tout court pode ir na voragem dos novos «veículos», já que a publicação sofre hoje de dois elementos «obstaculizadores»: a distribuição e a difusão que se têm de adaptar a uma sociedade global de nichos.
Muito do que conheço do «negócio» da edição devo-o à MRP e à minha pequena intuição de gestor, à generosidade que coloca nos seus posts extraordinários, que não se esgotam na divulgação das suas literaturas - a sua e a dos outros! (há uma generosidade que só é possível quando se atinge um determinado patamar de certeza, que podemos chamar de profissionalismo e intuição).
Esse patamar subimo-lo a pulso, através do esforço e desse tempo de duas faces, que nos dá sempre vida, mesmo se parecendo que se afadiga em nos tirar. A ampulheta da vida mesmo quando virada guarda sempre a mesma quantidade de areia, em que nos vamos transformando; e, no entanto, nós ali estamos prontos para assumir outra forma e condição.
Obviamente que há uma dimensão de gosto pessoal, mas essa dimensão de pessoalidade - há quem lhe chame gosto, não podendo ser denegrida - vai-se estreitando à medida da qualidade do editor, sendo substituído pelo tempo de ampulheta e pela qualidade do seu conteúdo.
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