Trazido à liça o novo romance de Afonso Cruz, O Pintor Debaixo Do Lava - Loiças, a Cristina das «Andanças Medievais», menciona uma coincidência de excertos.
Não é fácil o tema num mundo em que somos cada vez menos nós próprios, sendo nós pedaços e retalho de muitos; onde começamos e acabamos? De que massa somos feitos? Quem somos nós, afinal?
De qualquer modo e salvaguardada a coincidência, O Pintor Debaixo do Lava - Loiças poderia também, num mundo de ilusões e espelhos, se ter chamado, O Escritor Debaixo Do Lava - Loiças: uma nova forma de arte de recolha aproveitando cada resto orgânico daquilo que vai sendo tragado pelo ralo.
Afinal, todas as nossas ideias estão à mão de semear, num mundo onde «nada se cria, nada se perde, tudo se transforma»; vivemos no tempo da reciclagem e da sustentabilidade humana.
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