Como não há nada pior que a unanimidade, vai-me desculpar se não comungo do copo e do petisco, da afición e dos apoderados - e se o vejo mais como um leão das savanas do que como uma traça nacional, daquelas que estiolam e definham enrugadas de se alimentarem dos seus semelhantes, dos pequenos jogos de poder e do pó dos tempos. São curiosas, as coincidências: liceu de Oeiras, mergulho, professorado, anti - elitismo, condados e baronatos originais,
(não os actuais e pequeninos baronatos, quais pequenos poderes e fazeres que corrompem, pequenina, mesquinhamente, largos sectores da sociedade portuguesa),
observação, humanismo, bom sentimento,
(que sentido teríamos nós se fosse daquela outra forma mesquinha, daquela intolerância provinda do medo de nos confrontarmos a nós próprios, de pormos só os nossos interesses materiais em primeiro ou único lugar?),
sonho, cultivo da «treta esclarecida»
(como «a treta esclarecida» pode ser mais profunda do que a absoluta e infecunda certeza de muitos, onde o que nasce tem o sabor do plastificado)
e acções elevadas ao estilo nobre Quixoteano,
(não serão os moinhos de vento um ardil dos inimigos de tanta Largueza?)
Assim, caro amigo, dê caça aí ao leão no Planalto Central, numa luta grandiosa, rude, mas igual e digna, que só é cruel para quem não faz da vida um fecundo Planalto que dá azo à profícua e elevada Largueza!
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