Os textos da Rosário têm sempre um efeito estimulador – inspirador – motivador trazendo à colação, na espuma dos mesmos, aspectos muito interessantes que se distinguem da mera leitura (que já não é pouco!) das obras anunciadas das leituras extraordinárias. O parágrafo final dá uma ferroada na maldade ilustrada, nos recadinhos – hoje coisa de quem tem tempo de sobra - as polémicas - que são uma espécie de estímulos abraços de dialéctica estimulante dos contrários - e a mesquinhez. Sendo transversais a todos os tempos e lugares, são o corolário moderno da alusão da contenda entre neo – realistas e existencialistas - sujeitos de muita investigação e interesse como se comprova a seguir pelo que aqui trago como sachador da semente lançada à terra da Rosário.
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3044.pdf
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2994.pdf
http://home.utad.pt/~aoliveir/nr_mascaras.pdf
Hoje essa transversalidade das opções ideológicas e/ou éticas, parece ter ficado mesquinha e definitivamente capturada na política e no palco de assembleia, embora mesmo aí pareça, como nesta polémica, «florescer com exuberância equatorial…» - como a má erudição ou a escrita deficiente e segundo os padrões instalados. Florescência, no entanto, quase sempre com pouca substância e muito amarga, ficando as estéticas - em definho - para outros palcos.
Esta polémica, a que a Rosário alude, recordou-me um efeito muito em voga hoje em economia e finanças como o Herd – Behavior ou, portuguesmente falando, o efeito – carneirada - e o acriticismo a que a sociedade portuguesa se remete quando a crise não a afecta pessoal e directamente.
Nesse sentido, somos todos pais e filhos da crise, já que a perfeição não existe e o gosto é ele próprio «afilhado» relativo de tudo o resto. E a mesquinhez e a pequenez são, também elas, um sintoma de insanidade - característica, tantas vezes, de contornos fruto do desespero, da desdita, do amargo - e da indiferença.
No fim, só a amizade conta, a humanidade conta, o abraço conta.
O exercício de imaginação revela-se, assim, todos os dias sem complexos e sem absolutos, só o espírito aberto removendo todos os nossos demónios; demos que, em todo o lado, não devem ter mais sentido do que um enorme prazer lúdico quando não se confunde a ameaça com a busca fraterna da amizade.
Esta polémica a que a Rosário se referiu faz-me lembrar por outro lado a afirmação de sermos «o melhor povo do mundo».
Nenhum dos nossos actos tem de visar um fim, um objectivo, um interesse!
A existência também nos pede que nos abandonemos às vagas, sejamos neo-realistas, existencialistas ou não.
E embora nos falte às vezes a decência, a racionalidade, a calma, a ponderação, o respeito, a sensatez, a pontualidade, a polaridade, o civismo, a educação, a humanidade, a formação, a humildade, a honorabilidade, a disciplina, a vontade, a emulação, a solidariedade, a tolerância, a compreensão, a honestidade, a parcimónia, e tudo o mais de que não me recordo e que aparenta ser muita coisa, somos, sem quaisquer margem para dúvidas, indefectivelmente, «idiossincraticamente», o melhor povo do mundo!
Obrigado Rosário, pela chamada de atenção da polémica Vergilio - Pinheiro, com Almeida Faria com «risco» ao meio.
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3044.pdf
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2994.pdf
http://home.utad.pt/~aoliveir/nr_mascaras.pdf
Hoje essa transversalidade das opções ideológicas e/ou éticas, parece ter ficado mesquinha e definitivamente capturada na política e no palco de assembleia, embora mesmo aí pareça, como nesta polémica, «florescer com exuberância equatorial…» - como a má erudição ou a escrita deficiente e segundo os padrões instalados. Florescência, no entanto, quase sempre com pouca substância e muito amarga, ficando as estéticas - em definho - para outros palcos.
Esta polémica, a que a Rosário alude, recordou-me um efeito muito em voga hoje em economia e finanças como o Herd – Behavior ou, portuguesmente falando, o efeito – carneirada - e o acriticismo a que a sociedade portuguesa se remete quando a crise não a afecta pessoal e directamente.
Nesse sentido, somos todos pais e filhos da crise, já que a perfeição não existe e o gosto é ele próprio «afilhado» relativo de tudo o resto. E a mesquinhez e a pequenez são, também elas, um sintoma de insanidade - característica, tantas vezes, de contornos fruto do desespero, da desdita, do amargo - e da indiferença.
No fim, só a amizade conta, a humanidade conta, o abraço conta.
O exercício de imaginação revela-se, assim, todos os dias sem complexos e sem absolutos, só o espírito aberto removendo todos os nossos demónios; demos que, em todo o lado, não devem ter mais sentido do que um enorme prazer lúdico quando não se confunde a ameaça com a busca fraterna da amizade.
Esta polémica a que a Rosário se referiu faz-me lembrar por outro lado a afirmação de sermos «o melhor povo do mundo».
Nenhum dos nossos actos tem de visar um fim, um objectivo, um interesse!
A existência também nos pede que nos abandonemos às vagas, sejamos neo-realistas, existencialistas ou não.
E embora nos falte às vezes a decência, a racionalidade, a calma, a ponderação, o respeito, a sensatez, a pontualidade, a polaridade, o civismo, a educação, a humanidade, a formação, a humildade, a honorabilidade, a disciplina, a vontade, a emulação, a solidariedade, a tolerância, a compreensão, a honestidade, a parcimónia, e tudo o mais de que não me recordo e que aparenta ser muita coisa, somos, sem quaisquer margem para dúvidas, indefectivelmente, «idiossincraticamente», o melhor povo do mundo!
Obrigado Rosário, pela chamada de atenção da polémica Vergilio - Pinheiro, com Almeida Faria com «risco» ao meio.
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