Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Um Conto, Um Anão, Uma Ninfeta; Nabokov, Lolita, As Órbitras Dos Peixes e o Padre António Veira

Já há muito tempo que não me chegava ao palato o termo ninfeta, que me revisita a leitura dos autores russos da minha juventude como Nabokov e a sua Lolita: juntar um anão e uma ninfeta parece explosivo e pela certa jocoso.

A frase seguinte do post sobre a «literatura a sério e bastante variada» pôs-me a pensar sobre o que é literatura «à séria» num portugal muito polarizado, de reminiscências fatalistas, muito padrão «príncipe de gales» e sobre a variedade que tanto aprecio - tão pouco posta à prática.

Nesse aspeto é bom que Trevisan se permita revisitar os contos, literatura tão mal tratada ultimamente pelos marketeers, que nem sempre «alinham» nos gostos do público, influenciando tantas vezes erroneamente os «sim» dos editores.

O «humor negro disto tudo e a maldadezinha» é um portugal impossível de ser profeta na sua terra, aceitando aos outros o que não aceita ao próximo.

E falo dessa espécie tão maltratada em portugal que são os contos, muitas vezes travestidos em romances com uma espinha e medula pouco mais complicada do que a dos peixes, encandeados só de ver a luz do dia quando as suas órbitas ultrapassam ao de leve a superfície. 

«Ah, Padre António Vieira como fazem cá falta os teus sermões.»   

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