Já há muito tempo que não me chegava ao palato o termo
ninfeta, que me revisita a leitura dos autores russos da minha juventude como
Nabokov e a sua Lolita: juntar um anão e uma ninfeta parece explosivo e pela certa jocoso.
A frase seguinte do post sobre a «literatura a sério e
bastante variada» pôs-me a pensar sobre o que é literatura «à séria» num
portugal muito polarizado, de reminiscências fatalistas, muito padrão «príncipe
de gales» e sobre a variedade que tanto aprecio - tão pouco posta à prática.
Nesse aspeto é bom que Trevisan se permita revisitar os
contos, literatura tão mal tratada ultimamente pelos marketeers, que nem sempre
«alinham» nos gostos do público, influenciando tantas vezes erroneamente os «sim»
dos editores.
O «humor negro disto tudo e a maldadezinha» é um portugal
impossível de ser profeta na sua terra, aceitando aos outros o que não aceita ao
próximo.
E falo dessa espécie tão maltratada em portugal que são os
contos, muitas vezes travestidos em romances com uma espinha e medula pouco
mais complicada do que a dos peixes, encandeados só de ver a luz do dia quando
as suas órbitas ultrapassam ao de leve a superfície.
«Ah, Padre António Vieira como fazem cá falta os teus sermões.»
«Ah, Padre António Vieira como fazem cá falta os teus sermões.»
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