Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Espaço E Tempo

Sabemos na nossa relação com o outro fazermos uso da comunicação corporal, oral e escrita. Da escrita sabemos ser um registo aproximado de signos e sons, uma representação de coisas e ideias, sejam elas fonéticas ou ideográficas. Todos os dias utilizamos estes símbolos para exprimir ideias seja através de cartas, currículos, textos pessoais, trabalhos académicos, reclamações, requerimentos, apresentações, relatórios, discursos, comunicações de empresas, conteúdos Web, brochuras (…) e todos os dias queremos que esses registos sejam o mais percetíveis possível. Sabemos também que um dos maiores privilégios do homem é desfrutar do tempo. Tempo que é curto e não sobreponível para as imensas tarefas do dia - a - dia: também sabemos isso, como sabia o sociólogo Giddens que falava não só «da consciência do homem na sua própria finitude e consciência do passar do tempo», como na «capacidade limitada dos seres humanos de participar em mais de uma tarefa ao mesmo tempo», ou na «restrita capacidade de armazenamento de tempo-espaço»: no fundo, nos «constrangimentos não só das fronteiras físicas e geográficas», mas também na existência das «paredes espácio-temporais em todos os lados». Como também percecionamos ser cada vez mais difícil, num mundo a múltiplas vozes e interesses, despertar a atenção do outro: mais a mais quando esse interesse diz respeito a algum serviço ou produto, e mesmo que despertar os sentidos do outro possa parecer tão natural como comer ou respirar.
Como nos foi ensinado um texto poder ter um sentido denotativo ou conotativo. Este último mais ligado ao texto científico, informativo, empregando as palavras num sentido mais dicionarizado, ao contrário do conotativo, este ligado a um texto mais literário, mais metafórico, mais liberto no sentido da emoção e da estética. Sabemos isto e tentamos sempre conjugar estes dois sentidos, libertando-nos dos constrangimentos do espaço e tempo.

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