Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

sábado, 4 de agosto de 2012

Desilusão e Antagonias

«Quanto mais inserida estou nesta triste sociedade, amorfa, passiva perante todos os abusos que num passado, não sei já se muito ou pouco recente porque há factos que me confundem o tempo com as emoções que geram, eu não via, mais necessidade tenho de me afastar dela, mais anseio as coisas simples – as árvores; os rios; as aldeias; as hortas; os pinhais que ladeiam certos lugares; os pomares; o céu que se abre azul nas manhãs carregadas de uma brisa doce que antecedem os dias quentes de Verão.»
O que fizemos nós para merecer tal desilusão?
Será que esta desilusão não existiria já, só a não queríamos ver, toldados que estávamos perante o egoísmo de estarmos felizes connosco próprios?
Perdemo-nos assim, pois e invariavelmente, no caminho?
Ou será que o caminho que seguíamos não era já sustentável?... Não o da insustentabilidade que alguns confundem com a insustentabilidade material, mas com essa mais funda que é feita de valores e pergaminhos... só que o não sabíamos!
Talvez a desilusão seja o resultado de olharmos ao espelho e não gostarmos do que vemos, porque a desilusão são os nossos actos e omissões, mas há que, com esperança, cantar por todo o lado:
«há desilusão, segue sempre um novo horizonte, mais brilhante e puro, se tomarmos a esperança como a razão profunda da nossa existência!» 

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