Olhei à minha volta.
Temi que tivesses desaparecido,
e que nunca mais tivesse o prazer
de te sentir minha.
Olhei à minha volta,
e nada é como dantes!
Trouxeste já em ti uma enxovia,
com que já não sei lidar,
entretanto.
Tornaste-te mulher,
assertiva,
segura,
fria,
se já o não eras dantes?
E deixaste de ser o meu amor,
a minha intensa busca
e porfia.
Envolta nesse doce rótulo
de seres,
tu eras a minha amada
concubina!
Olhei à minha volta!
E a pouca atenção que me deste,
está, infelizmente,
votada ao abandono;
espalhada
por mil caminhos,
rodeados de uma floresta densa,
de impenetráveis madre - pérolas,
que seguem outros abrigos,
outros trilhos...
que o meu olhar
mesmo que queira,
é fraco de visão,
e não penetra!
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