«Tertuliano Máximo Afonso não pertence ao número dessa pessoas extraordinárias que são capazes de sorrir até quando estão sózinhas, o próprio dele inclina-se mais para o lado da melancolia, do ensimesmamento, de uma exagerada consciência da transitoriedade da vida, de uma incurável perplexidade perante os autênticos labirintos cretenses que são as relações humana (O Homem Duplicado; José Saramago; 205,206)».
Quando acabei de ler esta frase pensei como a leitura faz juz à contracapa da obra da «Caminho»: o caos é uma ordem por decifrar, extraída do «Livro dos Contrários.»
E pensei também como os autores se deixam descobrir por detrás das suas frases, como estão vestidos de uma pele chamada «Livro», pois a ouvir da minha boca estas palavras, parecia ter à minha frente o Homem Saramago e a minha própria consciência da transitoriedade neste labirinto da Terra; e, como somos duplicados.
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