Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

É Escritor Quem Escreve?

Ora vamos lá reflectir sobre isto: ser escritor é quem escreve? É! Mas, então, assim seríamos todos escritores? Pois! Então baixemos as nossas próprias expectativas. Chamemos a nós próprios, escrevinhadores! Há mesmo um amigo que lhes encontrou um termo mais escorreito: traças... daquelas que roem a celulose e são continuamente atraídas pela luz sem dela quererem fazer parte. E porque não? Porque sabem que se dela fizerem parte é porque já não são traças... mas ex-traças! Iluminarão uma vez? Exacto! Uma única vez, como o fulminante que nasce e morre no mesmo momento. E qual o critério para passar de uma designação à outra? O tempo… amigo! O tempo! O tempo e o leitor o ditarão! Mas são ambos corajosos? Parece-me que sim. Mas diria, por respeito a todos os que escrevem, que um escritor é um escrevinhador completo, do mesmo modo como um escrevinhador é um escritor incompleto. A persistência, o modo e o tempo se encarregarão de lhes prover um libré catita e as dragonas tão ambicionadas. Tanto uns como outros poderão ir para uma espécie de museus a que se dá o nome de bibliotecas. Uns serão devorados pelas traças... que criarão outras traças. Outros ficarão rodeados de pó. E não serão mais traças, mas uns minúsculos organismos chamados fungos ou bolores e que se encarregarão de lhes dar o destino devido: o pó, que não é mais do que traças e melgas condensadas no tempo.    

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