Então, amigos, amigo Jordão, recostem-se lá aí num sofá e digam-me lá o que acham desta coisa estranha que me aconteceu:
Como decidi dedicar-me inteiramente a confeccionar livros, preparava-me para comprar uma daquelas casinhas da autoria daquela senhora com um nome aproximado a um violino Stradivarius : Marta Wengoroviu . Manias de um escrevinhador louco. Ainda estive a ver um T0 , mas decididamente teria de ser menos ambicioso. E, assim, nada melhor do que um T… e um quarto. Ainda me propuseram um T… e um terço, mas definitivamente já não se ajustava ao ajustamento. E sabemos bem como são estes lares que estão agora na moda.
Logo, a casinha servia na perfeição.
Como teria de vender os meus livrinhos, inteiros ou em folhetins, teria de mandar adaptar uma janelinha onde pudesse, tu cá, tu lá, barganhar pela portinhola tais preciosidades.
Algo que me preocupava, no entanto, era onde colocar as minhas pastas.
Como tenho todo o meu espólio dividido em três pastas, livros em fase inicial, livros em fase de acabamento e livros terminados, teria de prover para o começo mais espaço em cada um deles. Nos em fase inicial contei 29; na produção intermédia dos em fase de acabamento já só são nove. Nos totalmente finalizados proibidos de “de-puralina” contei apenas alguns em número par.
As coisas pareciam assim bem encaminhadas, e prontas para fazer a escritura, quando saiu um novo decreto de preparação do novo ano. Umas figuras muito queridas e risonhas chamavam-lhe orçamento… do Estado.
Encolhi os ombros, não percebia de que estado se falava ou se ainda havia algum estado, porque de estado só ainda tinha ouvido falar de estado de necessidade e de estado de banca e segundo ainda parecia… rota.
Terminava o tal de orçamento, abruptamente, com a cláusula de salvaguarda. Não havia mais salvamento, nem possibilidade de guarda, quanto mais de salvação. Estava tramado! Já só me restava um T… e um sexto.
Disseram-me entretanto que havia um sexto muito em conta que ficava na zona vermelha.
Achei estranho. Zona vermelha só conhecia uma zona que dava pelo nome de luz. Mas, enfim!
Como sempre gostei de usar vermelho, com excepção de quando ia passear para a campina com uma noiva que se chamava de Necessidade de Purificação, lá encontrei o edifício com um néon verde e vermelho, onde piscavam os seguintes dizeres: hostel.
De que tipo é que ainda não vos sei dizer, mas conto que lá figurem muitos livros com instruções de uso, de todos aqueles brinquedos excitantes, Toys ou lá como se chamavam, que vi nas fotografias da amostra e que tão diligentemente os publicitavam:
Excelente! E ainda há quem diga que precisa de uma cabana para se recostar a ler!
PAS
Como decidi dedicar-me inteiramente a confeccionar livros, preparava-me para comprar uma daquelas casinhas da autoria daquela senhora com um nome aproximado a um violino Stradivarius : Marta Wengoroviu . Manias de um escrevinhador louco. Ainda estive a ver um T0 , mas decididamente teria de ser menos ambicioso. E, assim, nada melhor do que um T… e um quarto. Ainda me propuseram um T… e um terço, mas definitivamente já não se ajustava ao ajustamento. E sabemos bem como são estes lares que estão agora na moda.
Logo, a casinha servia na perfeição.
Como teria de vender os meus livrinhos, inteiros ou em folhetins, teria de mandar adaptar uma janelinha onde pudesse, tu cá, tu lá, barganhar pela portinhola tais preciosidades.
Algo que me preocupava, no entanto, era onde colocar as minhas pastas.
Como tenho todo o meu espólio dividido em três pastas, livros em fase inicial, livros em fase de acabamento e livros terminados, teria de prover para o começo mais espaço em cada um deles. Nos em fase inicial contei 29; na produção intermédia dos em fase de acabamento já só são nove. Nos totalmente finalizados proibidos de “de-puralina” contei apenas alguns em número par.
As coisas pareciam assim bem encaminhadas, e prontas para fazer a escritura, quando saiu um novo decreto de preparação do novo ano. Umas figuras muito queridas e risonhas chamavam-lhe orçamento… do Estado.
Encolhi os ombros, não percebia de que estado se falava ou se ainda havia algum estado, porque de estado só ainda tinha ouvido falar de estado de necessidade e de estado de banca e segundo ainda parecia… rota.
Terminava o tal de orçamento, abruptamente, com a cláusula de salvaguarda. Não havia mais salvamento, nem possibilidade de guarda, quanto mais de salvação. Estava tramado! Já só me restava um T… e um sexto.
Disseram-me entretanto que havia um sexto muito em conta que ficava na zona vermelha.
Achei estranho. Zona vermelha só conhecia uma zona que dava pelo nome de luz. Mas, enfim!
Como sempre gostei de usar vermelho, com excepção de quando ia passear para a campina com uma noiva que se chamava de Necessidade de Purificação, lá encontrei o edifício com um néon verde e vermelho, onde piscavam os seguintes dizeres: hostel.
De que tipo é que ainda não vos sei dizer, mas conto que lá figurem muitos livros com instruções de uso, de todos aqueles brinquedos excitantes, Toys ou lá como se chamavam, que vi nas fotografias da amostra e que tão diligentemente os publicitavam:
Excelente! E ainda há quem diga que precisa de uma cabana para se recostar a ler!
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