Do
ponto de vista do Priberam um escritor "é um autor de obras literárias
ou científicas (com relação ao estilo e forma que emprega)". Faz o
Priberam também a distinção do escritor público que considera um
literato de profissão, ou seja, alguém que tem grande conhecimento de
letras, literatura, que denota erudição, ou quem se dedica à escrita. O
escritor será, assim, pois, esse último. Alguém que se dedica à escrita
de uma forma apaixonada, muitas vezes visionária, outras, quase sujeita
de adicção. Uma adicção de conhecimento da raiz da vida, do transporte
para outras vidas, do sentido da vida, de suporte de vida - talvez de
suporte para outras vidas impossíveis fora do corpóreo das nossas
limitadas existências.
Do ponto de vista do Priberam, que é um ponto de vista como tantos outros, há pois pelo menos
dois tipos de escritores: os escritores que escrevem e os escritores que
vivem a escrita. Às vezes interseccionam-se, outras são conjuntos
indefinidos e paralelos.
Um autor é um agregador de palavras, de sentimentos, de expectativas, de vivências, um sintetista da palavra, da cor, da ilusão. Não somos escritores por sermos, somos escritores pela inflexão da nossa voz, pelo dorido dos nossos sentimentos, pela alegria do nosso olhar, pelo repositório da nossa saudade. Ser-se escritor será sempre um caminho, não o destino. Um verbo, nunca um substantivo. Uma esperança de sermos traduzidos, nunca uma consagração.
Um autor é um agregador de palavras, de sentimentos, de expectativas, de vivências, um sintetista da palavra, da cor, da ilusão. Não somos escritores por sermos, somos escritores pela inflexão da nossa voz, pelo dorido dos nossos sentimentos, pela alegria do nosso olhar, pelo repositório da nossa saudade. Ser-se escritor será sempre um caminho, não o destino. Um verbo, nunca um substantivo. Uma esperança de sermos traduzidos, nunca uma consagração.
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