Ao presente falta esse sentido de cuidado, delicadeza, urgência,
constância, perenidade, pertença, domínio, permanência; como se tudo
fosse agreste, efémero, suplementar, passageiro, despiciendo,
utilitarista; como se todo o sonho fosse a prazo, esperando o seu
pesadelo; como se a vida fosse uma tela onde se sucedem filmes e
personagens, que se vão esgotando, que nos vão consumindo a cada
passagem. Um sonho de mundo só poderá ser mais doce, profundo,
inclusivo, agregado, não se demorando, distraindo, dividindo a cada
esquina.
Cartas de Amor, de Lobo Antunes, vindo de um homem necessariamente profundo, sensível, confronta-nos aos olhos de hoje com a nossa actual existência, com um mundo cada vez menos romântico, mais cego, agressivo, individualista, utilitarista.
Que futuro mediará nas nossas vidas?!
Cartas de Amor, de Lobo Antunes, vindo de um homem necessariamente profundo, sensível, confronta-nos aos olhos de hoje com a nossa actual existência, com um mundo cada vez menos romântico, mais cego, agressivo, individualista, utilitarista.
Que futuro mediará nas nossas vidas?!
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