Ó Soares?! Injustiçado? O Isaltas? Não se pode voluntária ou
involuntariamente mudar a história! Isto, independentemente da simpatia
pessoal (por Soares, não por Isaltino).
Mas deixem-me vos contar uma
história verídica sobre esta figura polémica da nossa vida das últimas
décadas, que sempre me pareceu simpático, cortês e educado. Só "não gostei" certo dia no Galeto (passe a publicidade, ou talvez não, que para a próxima peço um inteiramente de graça), era ele PR e eu ao balcão a deliciar-me com uma maravilhosa miscelânia (um gelado soberbo desta velha casa Lisboeta), senta-se Soares a meu lado.
Esfomeado como devia estar a essas horas tardias, possivelmente cansado das tricas, trocas e baldrocas da política, mesmo se um especialista das sestas nos momentos mais oportunos, e de algum mau "olhado" que lhe tenha lançado a Maria de Jesus (nem sempre Jesus está pelos ajustes com as nossas acções, como é sabido), pôs-se a olhar descaradamente para a minha Miscelânia.
Felizmente não se voltou para o funcionário indicando para o meu prato e dizendo: ó senhor funcionário, desapareça com isto, desapareça com isto! - como ao pobre do polícia, tão satisfeito e cheio de pundonor na sua lustrosa motoca!, a exercer a bruta função de afastar o povo da soberania.
Foi antes: «Senhor funcionário, faça aparecer aqui uma coisinha destas!»
Simpático e de esperteza de grande alcance!
© PAS (Pedro A. Sande)
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