Bem verdade o que a Cristina assinala:
«Tornar aquilo que escrevem compreensível, assimilável, aceitável por
parte de quem lê...». O que não é a mesma coisa de se ter de escrever
fácil, directo, necessariamente compreensível ou destapando sombras ou
nevoeiros... explícitos.
A escrita pode ser simples ou complexa. Pode contar uma história ou contar histórias de histórias. Pode ser descritiva ou reflexiva. E quando é reflexiva tantas vezes é ela terrivelmente complexa, hermética, como florestas espessas, por que extraídas do universo do autor. Que sentido universal tem a afirmação da Isabel Catalão? Poder-se-á generalizar? Não poderá ele ser confundido com a necessidade da escrita ter de ser necessariamente simples? Não poderá a escrita ser apenas compreensível, assimilável, para poucos? «Esse trabalho não acontece com todos os escritores...»
Será que o autor não poderá também dar-se ao luxo de fechando os olhos navegar no seu próprio mundo, construindo mundos e horizontes complexos, estradas poéticas, charadas onde escritores se perdem - por que distantes dos seus?
Mas, sim, tem razão a Cristina ao afirmar que a escrita tem de ser aceitável para quem lê. Mas que nunca se extrapole e diga de escritas, como a de Lobo Antunes, que elas são incompreensíveis para os leitores, elitistas, porque aos leitores também se exige que se embrenhem em florestas de letras para abrirem clareiras, caminhos. À escrita até lhe dou o benefício da musicalidade, sem lhe perceber o conteúdo de mundos que desconheço.
© PAS
A escrita pode ser simples ou complexa. Pode contar uma história ou contar histórias de histórias. Pode ser descritiva ou reflexiva. E quando é reflexiva tantas vezes é ela terrivelmente complexa, hermética, como florestas espessas, por que extraídas do universo do autor. Que sentido universal tem a afirmação da Isabel Catalão? Poder-se-á generalizar? Não poderá ele ser confundido com a necessidade da escrita ter de ser necessariamente simples? Não poderá a escrita ser apenas compreensível, assimilável, para poucos? «Esse trabalho não acontece com todos os escritores...»
Será que o autor não poderá também dar-se ao luxo de fechando os olhos navegar no seu próprio mundo, construindo mundos e horizontes complexos, estradas poéticas, charadas onde escritores se perdem - por que distantes dos seus?
Mas, sim, tem razão a Cristina ao afirmar que a escrita tem de ser aceitável para quem lê. Mas que nunca se extrapole e diga de escritas, como a de Lobo Antunes, que elas são incompreensíveis para os leitores, elitistas, porque aos leitores também se exige que se embrenhem em florestas de letras para abrirem clareiras, caminhos. À escrita até lhe dou o benefício da musicalidade, sem lhe perceber o conteúdo de mundos que desconheço.
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