«SOMOS TODO O MUNDO. Sim, este mundo é muito estranho... ou talvez não!
Há os aduladores, os adulados, os que gostariam... e não são, os que são
e não gostariam, os que se divertem apenas, os que se levam demasiado a
sério, os que se levam demasiado a brincar, os troca-tintas, os que se
estão nas tintas, os que gostam de viver num mundo estranho, os
ingénuos, os sabidos, os que estranham o mundo, os que alargam
horizontes, os confinados, os manipuladores, os esquisitinhos, os
santa boca, os facciosos, os libertos, os que vivem amarrados, os que
se desprendem todos os dias do embarcadoiro, os que andam a passo, os
outros a trote, os que se lançam a galope, os tímidos, os folgados, os
que vivem à deriva, os universalistas, os particularistas, os
dissimulados, os maus fígados, os bons fígados, os comendadores, os
narcisos, os "comenda-dados", os que libertam peçonha, os implicativos,
os implicados, os aborrecidos, os "aborrecedores", os convincentes, os
convencidos, os santos, os pecadores, os que anulam o veneno, os
inoculados, os sensibilizados, os empedernidos, os professores, os
alunos, os empossados, os possuídos, os exorcizados, os párias, os
sinistros, os sinistrados, os revestidos a mel, os revestidos a fel, os
enganados, os armadilha-dos, Sim, este mundo já é um pouco menos
estranho e engraçado, Interage, diverte-te, provoca, sê provocado, não
ofendas, não sejas ofendido... Cheio de cores, odores, paladares,
sentidos, sonidos... E é tão bom dar a volta ao mundo, debicando aqui,
ali, esmiuçando aqui, ali, cuscando, remexendo, percebendo,
questionando, e gostando e desgostando, degustando?, para aprender, para
ensinar, para ensinar a gostar, para gostar de aprender, para amar,
para viver, para universalizar... podemos ser tudo e todos... São
todos... bem vindos! © Pedro A. Sande; Sem-Abrigo S. A.; pg. 114-115)»
http://anarquistadepapel.blogspot.com (pela palavra seremos mais humanos) Este blogue serve como extensão da secretária do autor, assim uma espécie de oficina de escrita.
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Citações:
Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)
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