A primeira vez que li Saramago, era ainda jovem, não tendo conseguido terminar o seu «Levantado do Chão.»
A minha formação de leitura tinha sido feita num grande ecletismo, baseada em historiadores, ensaístas, clássicos… desde a pura ficção até ao romance histórico, que devorava, desde Alexis e León Tolstoi, a Tchekhov, Dostoiévski, Hugo, Voltaire, Stendhal, Shakespeare, Flaubert, Balzac, Dumas, Dickens, Cooper, Hemingway, ...
Se Russos, Franceses, Ingleses e Americanos acompanharam essa minha primeira fase, à mistura com nomes como Jean Lartéguy, Irving Wallace, Huxley, Simonov, Sartre, Beauvoir, H. H. Kirst, Grossman, Jorge Luís Borges, Jorge Amaro, Kafka, Eco, Camus, Kundera e tantos outros, parecia não haver lugar para Saramago, destronado por Eça, Pessoa, Garret, Almada Negreiros, Vergílio Ferreira, Aquilino, Júlio Dinis, Herculano, Cardoso Pires, Manuel da Fonseca, Ferreira de Castro, Lobo Antunes, Bernardo Santareno, Branquinho da Fonseca, Mário de Carvalho e tantos, tantos outros… como António Sérgio, Vitorino Magalhães Godinho…
E isto para não falar nos grandes poetas como Junqueiro, Camões, Torga, Andrade, Sofia de Melo B.
Saramago era a minha pedra no sapato… como Camilo sempre foi, e ainda é, por mim um mal-amado.Um dia terei de o passar a pente fino, dando-lhe tempo de qualidade de leitura.
Logo após a sua consagração como Nobel, "peguei" novamente nas obras de José. E o que "vi" então, a partir do «Memorial do Convento», ultrapassada a sua estranha forma inicial de escrita (mais do quem dilentantismo, quase uma experiência de concentração e embelezamento do texto), as suas primeiras cinco páginas, foi um extraordinário escritor, um esforçado e verdadeiro trabalhador da escrita, culto, perfeccionista, onde cada palavra está isenta de crítica, repetição, escolhida a dedo como as melhores iguarias.
E hoje se tivesse de escolher alguns nomes da literatura mundial e nacional de todos os tempos (e como isso é ingrato, já que ficam sempre esquecidos outros nomes e outras paixões do seu tempo próprio, bem como a impossibilidade humana de tudo e a todos conhecermos), colocava Saramago no “meu Panteão estendido” de Pessoa, Eça, Herculano, Cardoso Pires, Truman Capote, Proust, Sartre, Vítor Hugo… PAS
A minha formação de leitura tinha sido feita num grande ecletismo, baseada em historiadores, ensaístas, clássicos… desde a pura ficção até ao romance histórico, que devorava, desde Alexis e León Tolstoi, a Tchekhov, Dostoiévski, Hugo, Voltaire, Stendhal, Shakespeare, Flaubert, Balzac, Dumas, Dickens, Cooper, Hemingway, ...
Se Russos, Franceses, Ingleses e Americanos acompanharam essa minha primeira fase, à mistura com nomes como Jean Lartéguy, Irving Wallace, Huxley, Simonov, Sartre, Beauvoir, H. H. Kirst, Grossman, Jorge Luís Borges, Jorge Amaro, Kafka, Eco, Camus, Kundera e tantos outros, parecia não haver lugar para Saramago, destronado por Eça, Pessoa, Garret, Almada Negreiros, Vergílio Ferreira, Aquilino, Júlio Dinis, Herculano, Cardoso Pires, Manuel da Fonseca, Ferreira de Castro, Lobo Antunes, Bernardo Santareno, Branquinho da Fonseca, Mário de Carvalho e tantos, tantos outros… como António Sérgio, Vitorino Magalhães Godinho…
E isto para não falar nos grandes poetas como Junqueiro, Camões, Torga, Andrade, Sofia de Melo B.
Saramago era a minha pedra no sapato… como Camilo sempre foi, e ainda é, por mim um mal-amado.Um dia terei de o passar a pente fino, dando-lhe tempo de qualidade de leitura.
Logo após a sua consagração como Nobel, "peguei" novamente nas obras de José. E o que "vi" então, a partir do «Memorial do Convento», ultrapassada a sua estranha forma inicial de escrita (mais do quem dilentantismo, quase uma experiência de concentração e embelezamento do texto), as suas primeiras cinco páginas, foi um extraordinário escritor, um esforçado e verdadeiro trabalhador da escrita, culto, perfeccionista, onde cada palavra está isenta de crítica, repetição, escolhida a dedo como as melhores iguarias.
E hoje se tivesse de escolher alguns nomes da literatura mundial e nacional de todos os tempos (e como isso é ingrato, já que ficam sempre esquecidos outros nomes e outras paixões do seu tempo próprio, bem como a impossibilidade humana de tudo e a todos conhecermos), colocava Saramago no “meu Panteão estendido” de Pessoa, Eça, Herculano, Cardoso Pires, Truman Capote, Proust, Sartre, Vítor Hugo… PAS
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