Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Comuns Mortais

Hoje não me apetece ler em Cracóvia mas escrever em Lisboa que é um lugar de poetas, escritores e outros artistas.
Nesta coisa de autores, escritores e egos há-os para todos os gostos. Os tímidos, os presumidos, os reflectidos, os que se elevam ao olimpo; e aqueles que percebem que a única diferença os separando do comum dos mortais é serem tão mortais e comuns como o mais vulgar dos homens.
A diletância e o autoconvencimento é um aparvalhamento do ser e uma tentativa tão pueril como triste de querer possuir só para si um olimpo que afinal não é mais do que a extensão de uma terra habitual.
Escrever não é relevância, mas paixão, e uma paixão que deve fazer perceber que colocar-se num pedestal não faz de nós mais do que comuns jarras de qualidade tão comum como a louça de que nos servimos todos os dias ao jantar.
Vem isto a propósito de alguma coisa para além de uma pequena menção à cidade da literatura e ao desamigamento de quem se considera especial?
Vem. Vem isto a propósito de uma sociedade feudal, exclusiva, petulante, sem dimensão humana. Uma sociedade que por aí pulula sem gratidão nos lábios e com ilusão nos rostos. Uma espécie de sociedade de Corte que se alimenta em pequenos círculos, excluindo e incluindo pelo seguidismo, pelo interesse e pela urgência em ser diferente e querer ser único.
Hoje, de facto, tive a prova de não passarmos mais do que gente comum.

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