Citações:

Sem o direito natural não há Estado de direito. Pois a submissão do Estado à ordem jurídica, com a garantia dos direitos humanos, só é verdadeiramente eficaz reconhecendo-se um critério objetivo de justiça, que transcende o direito positivo e do qual este depende. Ou a razão do direito e da justiça reside num princípio superior à votante dos legisladores e decorrente da própria natureza, ou a ordem jurídica é simplesmente expressão da força social dominante
(José Pedro Galvão de Sousa, brasileiro, 1912-1992)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MAL OU BEM ENTENDIDOS

Nem sempre a amizade desliza no sentido certo.
Certas vezes o que parecia o início de um bela amizade
transforma-se numa parede muda,
ou num declive absurdo
onde ficam coladas as palavras,
enquanto rolam as saudades.

© PAS

sábado, 16 de janeiro de 2016

O EXILADO DE X: O RESGATE



«Na manhã seguinte levantou-se tarde. Havia que tentar esquecer as últimas tormentas, uma vida despojada de alegrias e sentido, a reversão de um tão longo período de felicidade. Habituado ao reboliço da cidade saiu à rua que lhe pareceu deserta. As casas baixas muitas das quais descascadas da cor branca, lembravam-lhe um cemitério. Na janela de uma casa vislumbrou uma velha senhora. Lembrava-lhe um quadro, enquadrada que estava por uma portada de janela azulada. Uma Veermer de trazer por vila. Emitiu um olá sonoro. A velha senhora apontou ao nariz com esse mesmo apontador a exigir silêncio. Calou-se! Todos os silêncios devem ser respeitados, relembrou. Como todo o som não merece o silêncio. Esperou uma justificação para tal acto, mas esperou em vão. Ela não veio, por que haveria de vir se era o silêncio aquilo que propunha, embora a mulher parecesse inclinar o ouvido para o quarteirão seguinte. Filosofou, por que a filosofia, como já ficámos a saber, lhe era inerente. Estava-lhe colada à pele. «Os nossos silêncios devem ser sempre acompanhados por uma justificação ou podem ser mal interpretados». E o dano que isso dá, essa causalidade, não é virtual, mas de efeito real desastroso tantas vezes. Perdem-se num repente tantos amigos na vida como estrelas no céu. Resgatar é preciso por que todo o retorno é possível. Chama-se rotação e translação dos corpos e das almas. Até as estrelas se tornam de repente cadentes ou será candentes?!
© Pedro A. Sande (livro em andamento com título quase provisório)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O direito e o dever das palavras: 5 pensamentos do dia

Há quem acredite que a sua vida se resume ao aqui e agora, e faça da sua vida um confronto com a superficialidade, como se tudo tivesse de gastar nesta vida; há quem acredite que a vida é um legado interior, uma herança, que devemos transportar.

Todos os silêncios devem ser respeitados. Como todo o som não merece o seu silêncio.

Os nossos silêncios devem ser sempre acompanhados por uma justificação ou podem ser mal interpretados.

Nunca toques a alma de ninguém, muito menos de um amigo, se pretendes exclusivamente encher a tua: é cruel e tantas vezes contrário à nossa religião!

 A arte mais difícil da vida é tentar transformar o temporário em eterno

 © Pedro A. Sande

sábado, 9 de janeiro de 2016

Soumission

Leitura a começar:

"Submission (French: Soumission) is a novel by the French writer Michel Houellebecq. The French edition of the book was published on 7 January 2015 by Flammarion, with German (German: Unterwerfung) and Italian (Italian: Sottomissione) translations also published in January. The book instantly became a bestseller in Italy, Germany and France. The English edition of the book, translated by Lorin Stein, was published on 10 September 2015.
The novel, a political satire, imagines a situation in which a Muslim party upholding traditionalist and patriarchal values leads the 2022 vote in France and is able to form a government with the support of France's Islamo-Leftist Socialist Party. The book drew an unusual amount of attention because, by a macabre coincidence, it was released on the day of the Charlie Hebdo shooting.